Resenha Crítica| Meu Malvado Favorito 3

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Titulo Original: Despicable me 3
Titulo no Brasil: Meu Malvado Favorito 3
Direção: Kyle Balda Pierre Coffin
Elenco: Dana Gaier, Elsie Fisher, Jenny Slate, Julie Andrews, Kristen Wiig, Miranda Cosgrove, Nev Scharrel, Pierre Coffin, Russell Brand, Steve Carell, Steve Coogan, Trey Parker
Gêneros: Animação Comédia Família
Nacionalidade EUA

Para quem não se lembra dos outros filmes  vai ai um pequeno  feedback,  Meu Malvado Favorito 1, tínhamos um Gru (voz de Steve Carell no original) autointitulado mestre do crime, clamando o posto de maior vilão do mundo. Até que em sua porta, aparecem três pequenas meninas (Agnes, Margot e Edith), dispostas a derreterem seu coração. Essa paternidade inesperada é o tema do primeiro filme.  Já em Na continuação Meu Malvado Favorito 2 o  gelo do músculo mais forte de Gru segue derretendo, e o sujeito se apaixona por Lucy (Kristen Wiig). Totalmente reabilitado, Gru abandona a vida de crime, e agora trabalha para os mocinhos. É onde o encontramos no início de Meu Malvado Favorito 3.

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A trama aqui, escrita pelos mesmos Ken Daurio e Cinco Paul dos filmes anteriores, é bem simples e talvez seja a menos interessante da franquia.. neste filme  Gru descobre um irmão gêmeo que nunca soube possuir – isso mesmo! O contraponto de personalidades entre os irmãos é ironicamente adereçado, através de suas aparências físicas e mais ainda pelos comportamentos.

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Ao interagir com o irmão perdido, Gru deixa de exercer a dinâmica com as filhas e com os Minions, parte do charme do original. Porém, para não se tornarem totalmente obsoletos para o longa, a turminha ganha suas próprias subtramas. Assim, temos o trecho em que Lucy aprende a se tornar mãe (depois de Gru, agora é a sua vez) e outro no qual os Minions abandonam Gru e acabam presos

O que salva Meu Malvado Favorito 3 é o “vilão e antagonista Balthazar ‘Evil’ Bratt, uma explosão alucinada e hilária, na forma de festa dos anos 1980. É ver para crer.

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Os baixinhos por outro lado, não pegarão as inúmeras referências direcionadas para os papais e os que já passaram dos trinta.confesso que as músicas eu minha esposa estávamos a todos momento que tocava ficava alucinado, mas as crianças não terão uma referência. Isso sem perder o timing e a essência do personagem preso ao passado. Meu Malvado Faxorv div ersão leve e despretensiosa, que garante o entretenimento dos pequenos, sem ofender os grandinhos.

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NOTA 7,0

Resenha Crítica| Invasão Alienígena

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Titulo Original: “The Recall
Titulo no Brasil: Invasão Alienígena”,
Direção: Mauro Borrelli
Elenco: RJ Mitte, Wesley Snipes, Jedidiah Goodacre, Niko Pepaj, Hannah Rose May,Graham Shiels, Vicellous Shannon, Elisha Kriis, Laura Bilgeri, Guy Griffithe,Tracey Hway, Megan Pereira, Sydney Powers, Dane Bowman, Benjamin DeWalt
Gêneros: Ficção científica,
Nacionalidade Canadá

Lembro-me dos bons tempos em que via Wesley Snipes. em filmes  consagrados como New Jack City, Passageiro 57 (1992) ou To Wong Foo, Thanks for Everything! Julie Newmar, mas infelizmente nem tudo são mar de rosa e se meteu nessa furada de filme. Infelizmente, Snipes anda Amargando fracassos desde a franquia “Blade: O Caçador de Vampiros”, e também sendo preso por 3 anos, acusado de sonegação fiscal.

Wesley e o o ator escalado para fazer esse  longa-metragem de ficção científica “Invasão Alienígena”, um título besta para o satisfatório original “The Recall”, onde o ator vive um cara que caça…ets…dentro da selva…Buscando vingança… E tenta ajudar um grupo de jovens que chegou na hora errada ao local  e tentam  fugir da invasão iminente.

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Em “The Recall”, cinco amigos decidem aproveitar o final de semana em uma casa remota, sem saber que o planeta está sob invasão alienígena e abdução em massa. O filme é escrito e dirigido por Mauro Borrelli, que trabalhou no departamento de arte de obras como “Piratas do Caribe: No Fim do Mundo”, “Capitão América: O Primeiro Vingador”, “Os Oito Odiados” e no ainda inédito “Star Wars: Os Últimos Jedi”., tendo participação nesses filmes pelo visto não aprendeu nada, pois com uma ideia muito promissora, que mistura ameaça alienígena com a nossa evolução das espécies, o filme não agrada, não cativa nem mesmo os aliens, Snipes faz meio que um Rambo – em programado para matar .

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um elenco que traz também RJ Mitte, de “Breaking Bad”, Um desperdício de um outrora astro, que poderia ser muito mais útil. Um péssimo filme digo para os cinéfilos passem bem longe e não percam tempo.

Nota 3,5

Resenha Crítica| Onde Está segunda?

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Titulo Original: WHAT HAPPENED TO MONDAY?

Titulo no Brasil: Onde Está Segunda?’

Direção: Tommy Wirkola

Elenco: Noomi Rapace, Glenn Close, Willem Dafoe

Gêneros: Ficção científica, Suspense

Nacionalidade EUA, Reino Unido, França, Bélgica

 

Filme extremamente inteligente, original, e imprevisível, que prende até o fim. Com grandes atuações da protagonista que vive 7 identidades diferentes. Grande filme, vale cada minuto de sua atenção… O maior pecado, é esse filme não ter passando nos cinemas, 5 estrelas sem medo.

A história é a seguinte: num futuro não muito distante, a bióloga Nicolette Cyman (Glenn Close), implantou um projeto onde todos os casais só podem ter um filho, no qual a justificativa é reduzir a população do Planeta Terra, que, está em defasagem. Assim, seria possível “estacionar” a humanidade e controlar alimentação, saúde e segurança pública. Para as mulheres que tiveram mais de um filho, há a promessa de que essas crianças hibernariam e voltariam anos mais tarde. No entanto, uma mulher tem sete filhas gêmeas e morre no parto, deixando a tarefa para o avô das crianças, Terrence (Willem Dafoe), a missão de esconder as sete meninas. Para isso, ele arquitetou um apartamento onde elas viveriam escondidas, e cada uma sairia apenas um dia da semana para trabalhar, estudar e se divertir. Durante 30 anos, elas se identificaram com os seus dias respectivos, mas numa determinada data, Segunda-Feira (Monday) desaparece e as irmãs se unem para poder salvá-la, mesmo sem saber onde está e por qual motivo sumiu..

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A partir daí, o filme ganha vida e traz muitos tiros, brigas, lutas e por aí vai. ‘ Onde Está Segunda?’ão dispensa sangue, mas vai deixar a tela recheada de vermelho. A fotografia de um mundo futurista e apocalíptico mostra o declínio e a longevidade do Planeta Terra: horas por prédios sujos e decadentes, como no caso onde mora nossas protagonistas, como uma agência límpida e completa de tecnologias modernas. A sueca Noomi Rapace (‘Alien Convenant’) entrega com perfeição sete distintas convivendo lado a lado. Noomi participa de praticamente todas as cenas do filme, que chega a duas horas de duração. A trama leva do futuro à conexão da realidade mundial: a superpopulação.

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Infelizmente o roteira deixa  deseja em diversos pontos. No final ficam perceptíveis varias duvidas sobre vários motivos que levaram o desaparecimento de Segunda, e por que o avô interpretando por Willem Dafoem some em tao pouco tempo, nao temos uma definição o que? quando e como sumiu?, No entanto , grandiosidade deste fime da NetFlix supre a carência da historia. Eu particularmente gostei das reviravoltas dadas pelo filme

NOTA 7,5

 

Resenha Crítica|Alien: Covenant

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Titulo Original: Alien: Covenant

Titulo no Brasil: Alien: Covenant

Direção: Ridley Scott

Elenco: Amy Seimetz, Benjamin Rigby, Billy Crudup, Callie Hernandez, Carmen Ejogo, Danny McBride, Demián Bichir, Goran D. Kleut, Guy Pearce, James Franco, Jussie Smollett, Michael Fassbender

Gêneros Ficção Científica Terror Thriller

Nacionalidade EUA

Em 2012 quando foi lançado o filme  Prometheus  fiquei com altas expectativas, mas após assisti-lo fiquei completamente decepcionado. Quando vi o lançamento do filme Alien: Covenant. Com a direção de  Ridley Scott senti que este honraria a franquia Alien, mas o que vemos e a sequência direta do longa anterior, Covenant traz uma nave em missão colonizadora em busca de um planeta que seja habitável para a espécie humana, O que podemos observar no decorrer do filme que desta vez, pelo menos, é que não é uma explicação oblíqua como a de Prometheus e sim uma ponte direta com a trama do Alien original.

Os atores estao muito bem representados mas acho que poderiam ser melhor explorados, Michael Fassbender retorna ao papel do robô David, numa trama que se passa alguns anos depois do fim de Prometheus. A ligação é ostensiva com o longa anterior, embora o elenco se renove e a trama seja uma narrativa de horror: a tripulação da nave Covenant busca expandir os limites da humanidade pelo espaço mas mexe com o desconhecido e paga o sangrento preço por esse desafio. A tripulação toda está em sono profundo no trajeto, com exceção de Walter (Michael Fassbender), um andróide que toma conta da segurança de todos. Quando uma tempestade de neutrinos atinge a Covenant, seus tripulantes acordam e descobrem um outro planeta, bem mais próximo do destino original, e decidem explorar o lugar. Se Prometheus enveredava mais pela ficção científica, Alien: Covenant se contenta horror espacial.

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Não estamos acostumado com aliens comportados  o desinteresse do diretor Scott pensa e realiza suas cenas de horror se soma o subaproveitamento do ótimo elenco. Sua protagonista Daniels (Katherine Waterston) é uma versão recauchutada de Ripley com um arco dramático de superação menos sutil que o da protagonista do original, e ao resto da tripulação cabe apenas reagir de forma estúpida ao perigo, seja metralhando tanques explosivos, agindo com displicência em atmosfera selvagem ou simplesmente metendo a cara onde não deve. O fato de Alien: Covenant desperdiçar a chance de reunir James Franco e Danny McBride em cena já diz bastante sobre seu senso de oportunidade.

Em compensação, Fassbender faz os melhores androides que a franquia já teve, num longa que acaba consumando uma tendência que já era vista desde 1979: são os androides de Alien os canalizadores de toda a discussão que os filmes promovem sobre a aproximação de homem com Deus, nos quais a criatura assassina do espaço personifica o castigo divino. Não é por acaso que Scott retornou à franquia pegando para si o mito de Prometeu, e Fassbender consegue dar aos seus personagens a dimensão trágica que esse diálogo com a grandiosidade grecoromana exige.

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O saldo, porém, é bastante discutível. Alien: Covenant fica muito abaixo dos outros filmes como experiência de horror e claustrofobia, e no fim das contas acaba servindo a um propósito muito funcional de tapar lacunas que até hoje se preencheram com pavor e mistério.

NOTA 6,8

 

Resenha Crítica | Série Grimm (Sexta Temporada)

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Uma das minhas séries favoritas, chega ao fim após longas seis temporada,  eu que sou Fã de Grimm será difícil dizer adeus, pois por muito tempo acompanhamos a jornada de Nick Burkhardt (David Giuntoli) em Grimm, série da NBC inspirada nos contos dos irmãos Grimm.

Eu lembro da primeira vez que em que fui apresentado a série, li seus spoleirs e achei interessante  fiquei viciado no mundo Wesen, esse mundo de investigação com um toque de contos de fadas macabros que algumas vezes dava um sustinho, e ninguém sabia ao certo se iria ficar ou não.

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Por sorte, Grimm conseguiu fazer um sucesso maior do que o esperado pela NBC, que investiu na produção de David Greenwalt e Jim Kouf um bom tempo. Com o  sexto ano chegando, a emissora decidiu dar uma última temporada para terminar a jornada de Nick Burkhardt (David Giuntoli). Uma temporada que traria o maior dos inimigos e colocaria um fim ao mistério das chaves.

Vimos nas seis temporadas temperos de ação, mistério e muitas reviravoltas, até a introdução de uma grande organização, Grimm precisava caprichar para fechar seu sexto ano com chave de ouro. E o começo foi muito bom. Vimos Nick tendo que lidar com as consequências das ações de Sean Renard (Sasha Roiz).

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Os produtores transportaram Nick para uma viagem de pesadelo. O detetive se encontra inútil ao ver todos as pessoas que ama morrerem já no impactante penúltimo episódio da série. E a matança continua em “The End”.

Os últimos três episódios mostraram que sim, nós teríamos um grande final. A série entrou com tudo em um final bíblico, mostrando uma ameaça maior do que tudo que nossos heróis enfrentaram.;

Nick foi colocado além de seu limite e mostrou porque ele foi o Grimm que torcíamos por seis anos. A cena final foi um presente para todos os  fãs principalmente minha família,  o bom que foi deixado as portas abertas para um bom spin-off se a emissora decidir um dia voltar a esse mundo. Obrigado Grimm. Minha Familia agradece pelas 6 temporadas nas quais adoramos entrar no mundo WESEN

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Resenha Crítica | Mulher Maravilha

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Titulo Original: WONDER WOMAN

Titulo no Brasil: Mulher Maravilha

Direção: Patty Jenkins

Elenco: Ann Ogbomo, Chris Pine, Connie Nielsen, Eleanor Matsuura, Emily Carey, Eugene Brave Rock, Ewen Bremner, Florence Kasumba, Gal Gadot, Lisa Loven Kongsli, Lucy Davis, Madeleine

Gêneros Ação

Nacionalidade EUA

A WARNER/DC acertou!!! Mulher Maravilha é baita filme de aventura a Warner acertou até na contratação da diretora Patty Jenkins que acertou o tom que todos os filmes da D.C. deveriam ter, Apesar de ter vários críticos ao seu trabalho. Já atriz Gal Gadot (Diana Prince) já tinha mostrado potencial no Batman vs Superman mas aqui vemos o quão Maravilhosa ela consegue ser!! Ela convence na pancadaria e tem uma ótima atuação, já Chris Pine (Steven Trevor) não decepciona no papel de mocinho indefesa.

Claro o filme tem alguns pontos negativos mas que não deixa de dar um brilho ao filme nem ofusca o primeiro filme solo de uma heroína!! Um ícone para a representatividade feminina nas telas!! O filme ”Mulher Maravilha” acompanha a história de Diana Prince, que habita a ilha de Temyscira, e após descobrir que o mundo dos homens se encontra em guerra, parte em uma jornada de autodescobrimento.

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Contando com excelentes atuações, o roteiro aqui trabalha de forma fenomenal a relação entre os personagens, muito através dos diálogos sensacionais, que até mesmo levam o espectador a refletir a respeito de temas como a guerra e a violência, tudo apresentado através dos olhos da protagonista, que conta com a incrível atuação de Gal Gadot, em uma construção de uma personagem forte e independente, que mesmo com uma visão inocente do mundo, desenvolve um amadurecimento muito grande ao longo da trama. O filme conta com cenários maravilhosos e belas cenas de ação, permite ao espectador se deliciar com uma ótima experiência cinematográfica, muito por causa do cuidado técnico aqui presente, a ilha de Temyscira, em contraste com um clima sombrio e frio da cidade de Londres. Assim sendo, o filme agrada também aos fãs e leitores de quadrinhos,.

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Enfim, ”Mulher Maravilha” cumpre seu papel e entrega um filme frenético, equilibrado, com um excelente timing cômico, além de desenvolver personagens riquíssimos e preparar o campo tanto para os próximos filmes da DC como para os próximos filmes da personagem, sendo um ótimo atrativo tanto para fãs de filmes de heróis quanto para admiradores de um bom filme de guerra.

NOTA 8,6

Resenha Crítica | Fique Rico ou Morra Tentando!

 

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Titulo Original: Get Rich or Die Tryin

Titulo no Brasil: Fique rico ou Morra Tentando

Direção: Jim Sheridan

Elenco: Curtis ’50 Cent’ Jackson, Adewale AkinnuoyeAgbaje, Omar Benson Miller mai

Gêneros Drama, Biografia, Musical

Nacionalidade EUA

Já  tinha assistindo o filme do 50 Cent Get Rich or Die Tryin’ (Fique rico ou Morra Tentando).  Usando a tradução livre  para o brasileiro conhecem como “50 centavos” definitivamente é um dos meus rapper predileto – apesar de eu admitir que 2 ou 3 musicas suas são ruins, mas é só isso e não passa disso… O 50 Cent é o estereótipo perfeito do que se tornou o gangsta rap nos EUA…

Certa vez o Ice T (aquele mesmo, de Law and Order – Lei e Ordem – e da musica Collor´s) deu uma entrevista a MTV brasileira e afirmou para Mano Brown, diante do Capão Redondo, que um Gangsta Rapper “nada mais era do que um rapper que canta denunciando os problemas vividos por sua comunidade, que faz algo ou luta por sua comunidade…”, isto para ninguém menos que ele, o criador do termo, o pai da matéria ao lado do NWA, do CMW, do SCC, e etc.

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O grande problema é que, com o passar dos anos, “Gangsta Rap” virou sinônimo de apologia ao crime. A palavra perdeu o seu significado original. Por razões óbvias: vende mais, causa polêmica, chama atenção…

O filme do 50 Cent faz referências a sua vida pessoal. E sua vida pessoal é um exemplo de superação para ele, não um exemplo a ser seguido por muitos adolescentes, mas um exemplo do que é de fato o universo da criminalidade, onde existem regras.

O filme não retrata 100% da vida do rapper

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O diretor Jim Sheridan e o roteirista Terence Winter souberam montar um roteiro que chega a emocionar. Um bom filme. Uma boa história de um ladrão que tentou se regenerar (dentro de suas limitações…) através do rap, algo mais comum do que se imagina. Olhando para o 50 Cent dentro do contexto em que ele surgiu, é possível entender seus caminhos, e até de repente absolvê-lo. Fica fácil, através do filme, perceber que o buraco é muito mais embaixo, e que muitas “lideranças” do próprio movimento negro norte americano fazem o jogo do opressor através da maneira como criticam o rap. Pertoa de outros filmes de rapper o filme de 50 cents não fica para trás.

Nota 6,8

Resenha Crítica | Beleza Oculta

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(Collateral Beauty) — EUA, 2016
Beleza Oculta

Direção: David Frankel
Roteiro: Allan Loeb
Elenco: Will Smith, Edward Norton, Kate Winslet, Michael Peña, Helen Mirren, Naomie Harris, Keira Knightley, Jacob Latimore, Ann Dowd, Liza Colón-Zayas, Natalie Gold, Kylie Rogers, Shirley Rumierk, Alyssa Cheatham, Benjamin Snyder
Duração: 97 min.

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“Amor. Tempo. Morte. Essas três abstrações conectam todos os seres humanos na Terra.”

Com certeza um belo filme apesar  de se tratar de um tema relevante e muito elucidado, pelo tratamento quase terapêutico em relação ao luto que Beleza Oculta (2016) terá impactos diferentes sobre o público. Embora esse mesmo princípio seja uma verdade para qualquer produção artística, algumas tornam essa diferença de recepção ainda maior, dada a força passional do argumento em questão.

A perda de um filho e a extrema dificuldade de lidar com isso é o tema central da obra, que coloca Will Smith como o pai enlutado, silencioso a maior parte do tempo e deixando, aos poucos, de viver, negligenciando o trabalho e fazendo com que seus amigos e sócios pensem em um modo de afastá-lo da agência de publicidade que ajudou a criar. Alguns problemas paralelos são abordados ao longo da obra, ligando o isolamento do protagonista com as imperfeições da vida ao redor dos que o cercam, como a fragilidade da saúde de Simon (Michael Peña), e diferentes querelas familiares com Claire (Kate Winslet) e Whit (Edward Norton).

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Já nos primeiros trinta minutos percebemos estar diante de um tema duro e emocionante, com um bom elenco em cena. Todavia, devido ao roteiro, a condução do diretor David Frankel (de O Diabo Veste Prada) e a forma como alguns personagens foram construídos, vemos bons atores parecerem insossos, com uma única exceção, o papel da Morte, maravilhosamente interpretada por Helen Mirren. As outras forças do Universo para quem Howard escreve, como uma forma de demonstrar seu descontentamento pela perda da filha, o Tempo (Jacob Latimore) e o Amor (Keira Knightley) são bem trabalhadas e recebem bons momentos de seus respectivos atores, embora nada grandioso.

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Esse desperdício de bom elenco está diretamente ligado ao roteiro, por ser segmentado demais e por perder completamente a linha na reta final do filme, mudando um pouco a nossa forma de olhar para o trio de “forças do Universo”, que até então imaginávamos como atores contratados. A ideia não é nova, mas é muito boa, e tem lampejos desse lado astuto no filme, que é fazer personagens reais fingirem ser sobrenaturais e depois revelar que eles eram, de fato, seres sobrenaturais. O problema é quando esse tipo de linha dramática é colocada em um roteiro sem jamais se explicar para todas as partes do jogo. Metade do impacto que a revelação no traz, simplesmente se perde.

Como destaquei no início, o teor passional do texto terá impacto diferente nos espectadores e mesmo os que acharem o filme ruim, como eu achei, deverão se emocionar em algum ponto da fita, a despeito de todos os clichês de louvor à vida, ao amor e à oportunidade de fazer algo bom e novo para as pessoas que amamos, criar um legado e um impacto na vida dos outros, como uma carta eterna, uma presença eterna, a ser sentida, apesar da dor, mesmo quando não estivermos mais aqui.

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A dinâmica é obviamente pontuada por um tipo de linha moral que suscita esperança, tem sua beleza e sentido na obra, mas quando chegamos ao fim, a razão que ela poderia ter com uma conclusão decente, cai por terra. Os personagens em torno de Howard são abandonados pelo roteiro e o protagonista, de repente, está em uma situação que nos parecia estranha no começo, mas para ele era algo plenamente familiar. Na ânsia de gerar duas grandes surpresas, o autor deixou de lado a praticidade e desses dramas. Péssima escolha.

Nota 7.5

 

Crítica | Kong: A Ilha da Caveira

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Titulo Original: (Kong: Skull Island)

Titulo no Brasil: Kong: A Ilha da Caveira

Direção: Jordan Vogt-Roberts

Roteiro: Derek Connolly , Max Borenstein

Elenco: Toby Kebbell , Brie Larson , Corey Hawkins , Tom Hiddleston , Samuel L. Jackson , John C. Reilly , Tom Wilkinson

 

Kong: A Ilha da Caveira começa com uma cena aonde a paz de uma praia paradisíaca no Pacífico Sul sendo quebrada com a queda de dois aviões da Segunda Guerra: de um piloto aliado e de um japonês (kaiju). Se o espaço já tem cores chamativas que lembram os desenhos animados, o duelo que se encena em seguida reforça essa noção, porque os dois personagens – um americano fotogênico de olhos azuis e um japonês enlouquecido com sua espada – estão mais próximos dos cartuns do que se esperaria de um filme de guerra.

Essa cena é certeira como síntese e dá o tom de todo o King Kong que Vogt-Roberts se propõe fazer: menos uma obra de reverência à franquia (o que já o distancia do Kong de Peter Jackson) e mais uma obra que reverencia todo o pop, seus potenciais e suas vocações. Produto de uma geração que aprendeu a crescer sem abrir mão de gostos da infância, o diretor se revela em A Ilha da Caveira uma versão light de Zack Snyder. Mistura e estetiza games, quadrinhos e temas orientais com a cinefilia obrigatória pós-Nova Hollywood, de Spielberg a Coppola. O resultado é um filme que fetichiza o imaginário de seu tempo mas não com a mesma carga erótica de Snyder, e sim com uma pulsão pelo colecionismo.

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Os personagens de Kong: A Ilha da Caveira são, a exemplo dos dois combatentes daquela primeira cena, pouco mais do que arquétipos cartunescos do filme de aventura: o galã meio Indiana Jones vivido por Tom Hiddleston que depois de muito tempo ganhou o seu filme solo saindo do personagem luke de thor, a fotógrafa sensível (Brie Larson), o militar enlouquecido pela guerra (Samuel L. Jackson), os cientistas de óculos e caderninho, o pelotão formado por buchas-de-canhão. De alguns desses personagens não esperamos, mesmo, que sejam nada além do arquétipo, e no fim os militares. Já os dois protagonistas, que deveriam transcender e consumar jornadas, ou pelo menos servir melhor de intérpretes no vínculo que estabelecem com o espectador, ficam devendo: Hiddleston e Larson, subdesenvolvidos desde o começo do filme.

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Vogt-Roberts logo demonstra que sua especialidade aqui não é a dramaturgia, quando Kong começa a patinar lá pela metade, em meio a várias cenas-montagens com canções pop que aceleram a narrativa, mas não a aprofundam. Em termos de aproveitamento rápido de set pieces bem pensados, porém, ele se esmera. Assim como o boneco bobble head de Richard Nixon que surge em cena para sublinhar um eventual caráter político do filme, tudo em Kong  se torna objeto prontamente descartável. E como Vogt-Roberts queima munição com gosto: os primeiros 40 ou 50 minutos são incríveis, até o desfecho da entrada dos helicópteros na ilha, uma festa caótica de montagem clipada, com mudanças de pontos de vista de câmera e soluções visuais frequentemente baseadas no calor das cores.

Como a premissa se presta ao consumo rápido e à descartabilidade (dos muitos gêneros com que o filme flerta o principal é o da aventura de travessia, organizada sempre de desafio em desafio, como fases de um game) e o roteiro se estrutura de forma a permitir a narrativa ágil (ora seguimos os mocinhos, ora os “malvados”, intercalados), os defeitos de Kong não terminam minando tanto esse prazer e a visível facilidade com que o filme se filia ao pop e lhe presta tributo, tratando a violência de forma caricata com um humor que tornou-se raro nos marrentos blockbusters americanos.

E o King Kong? Bem, criado com esmero pela equipe de efeitos visuais, com ajuda do ator Toby Kebbell em close-ups que exigiam uma captura de movimento facial mais pontual, o belo gorila é a imagem que perdura, em meio a tanta combustão instantânea. De resto, é um filme sobre filmes, sobre acúmulos de referências, transpiradas com urgência.

O filme tem os seus pecados capitais quando Kong  esta num lago aparentemente raso e do nada aparece um polvo gigante que não sabem da aonde surgiu e ate mesmo a heroína tentar levantar um helicóptero. Kong: A Ilha da Caveira é uma boa diversão mesmo com alguns defeitos de direção e um roteiro inexistente. É um filme que assume o que quer no primeiro minuto: uma aventura com monstros.

Nota 6.8

Crítica | Vida (2017): sobrevivendo ao encontro

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Original: Life

Titulo no Brasil: Vida

Direção: Daniel Espinosa

Elenco: Jake Gyllenhaal, Ryan Reynolds, Rebecca Ferguson

Gêneros Ficção científica, Suspense

Nacionalidade EUA

             O filme “Vida”, (2017) trás uma trama interessante e até mesmo cômica, muitas vezes lembrando velhos clássicos do cinema cientifico como como “Alien – O Oitavo Passageiro” de 1979 e a  “A Bolha Assassina”  neste caso me lembrou da bolha quando Calvin de certa forma engole o ratinho, mas vamos lá: tudo começa em uma estação espacial internacional onde seis astronautas recebem uma cápsula, vinda de Marte, contendo uma carga extremamente especial: uma célula viva (“Existe vida fora da Terra?“) que comprova a existência de vida extraterrestre. Recebida com alegria e até batizada por crianças da Terra com o simpático nome de Calvin, a forma de vida evolui rapidamente aparentemente um protozoário. Após um acidente com a caixa de contenção, a criatura se vira contra os humanos e, a partir daí, começa um jogo de gato e rato pela sobrevivência… de ambos.

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Apesar da familiaridade da trama, a forma como o roteiro trata a questão de que a criatura quer sobreviver, tanto quanto a tripulação, humaniza a história e a enriquece. Por outro lado, é bastante falha a tentativa de fabricar uma conexão do expectador com os personagens. Cenas gratuitas de nascimentos, livros infantis e até a deficiência física de um deles, soam absolutamente forçadas e fora de contexto. Em um momento de extremo suspense, por exemplo, com a criatura rondando o ambiente em que os astronautas estão confinados, o filme praticamente pausa para contar uma história desinteressante sobre o background de um dos coadjuvantes.

O filme de Daniel Espinosa (“Crimes Ocultos”) ganha bastante agilidade nos momentos de ação e apreensão. O design da criatura, bastante escondida na promoção do filme, desaponta pela pouca criatividade. Porém, a maneira como o alienígena se desloca e principalmente como ele ataca suas vítimas, fazendo referências claríssimas a outra obra As atuações, apesar do bom elenco, se apresentam corretas, porém contidas. Nem mesmo o expansivo  Ryan Reynolds (“Deadpool”), se faz lembrar na produção. Com nomes fortes, como o do ótimo Jake Gyllenhaal (“Animais Noturnos”), Rebecca Ferguson (“A Garota no Trem”) e Hiroyuki Sanada (“Wolverine: Imortal”), esperava-se mais personalidade e carisma dos protagonistas, sendo a natureza e a índole da criatura muito mais atraente que a de todos os outros personagens juntos.

“Vida” é uma colcha de retalhos de referências a outros filmes de terror espaciais que tanto amamos, mas também é repleto de defeitos constantes que orbitam a maioria dessa referências. Apesar do roteiro trivial e atuações acanhadas.

Nota 7,0